Fica a sobra do tempo imensurável, do sentimento incorrigível, do silêncio comedido;
Ficam as palavras engasgadas na alma e a estática ação de simplesmente amar.
Permanece o eco dos sonhos, as vozes que não acalentam,
As mãos que até há pouco abraçavam e que agora se perdem na vastidão de um triste desamor.
Pouso à sombra que se dissipa, afago abraços que se desmancham,
Reecontro e perco mil vezes o sentido do querer.
Mas se me perco, é porque te encontro; mas se me esqueço, é porque ainda te guardo.
Guardo como a fina lembrança de tudo que não fomos,
De tudo que seríamos à luz de tantos "aconteceres".
Difícil é ter respostas para alguém que não quer mais perguntar...
(Luciano Vieira)
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